Mahommah Gardo Baquaqua
Baquaqua escreveu escravosica autobiografia de um africano escravizado em terras brasileiras. Nos EUA e na Inglaterra existem vários desses relatos, que tinham uma função abolicionista. No Brasil, só um. E, apesar disso, Baquaqua não é conhecido em nossa História nem em nossos livros didáticos
Mahommah Gardo Baquaqua, nascido na atual Benim, poderia passar despercebido, invisível como tantos outros africanos escravizados que, no bojo do Sistema Colonial, passaram pelas plantations brasileiras. No entanto, acabou fugindo a essa perversa tendência histórica.
Conforme reportagem divulgada na rede semana passada, a biografia“An interesting narrative. Biography of Mahommah G. Baquaqua”, lançada pelo próprio ex-escravo, no ano de 1854, em Detroit, no contexto da campanha abolicionista nos EUA, foi traduzida para o português, graças ao trabalho do professor pernambucano Bruno Véras. Assim, embora já estivesse disponível na versão original em inglês, a sua tradução para o português permitirá uma maior disseminação de sua história em terras brasileiras.
Tampouco o continente africano era um vazio de civilização; muito pelo contrário. Que a história contada da perspectiva de Baquaqua seja mais uma forma de ressaltar a importância da inclusão da História da África como conteúdo obrigatório nas grades curriculares das disciplinas de História, nos diversos níveis de ensino.
As origens do Brasil extrapolam (e muito) o continente europeu. Resgatar devidamente a história do continente africano é parte crucial da construção e da compreensão da complexidade de nossa identidade.
vamos conhecer mas da história de baquaqua.
- Baquaqua sempre foi um personagem que me intrigou. Ele escreveu a única autobiografia de um africano escravizado em terras brasileiras. Nos EUA e na Inglaterra existem vários desses relatos, que tinham uma função abolicionista. No Brasil, só um. E, apesar disso, Baquaqua não é conhecido em nossa História nem em nossos livros didáticos
ainda vamos voltar a falar.
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